sábado, 29 de agosto de 2009

TUDO E NADA


TUDO E NADA
Quando olho nos meus olhos,
parece que tudo calmo se faz,
e fico a pensar...
Porque mentir sorrisos,
quando o próprio riso,
se deixou fechar?


Se é tão fácil adiar para depois,
qualquer coisa do porque e do ser...
Por que então,
cremos que tudo está bem,
enfrentando certezas,
para depois, deixa-las na morte,
do esquecimento total?



Ah! Vida de decisões difíceis,
de intenções que se tornarão pó,
no hoje, no amanhã e
até mesmo depois...
Sem medo de ser dominado
pelo delírio do instante.


Somos vítimas de mandatos,
sutilmente incutidos,
onde a aparência cultiva enganos,
de qualquer tudo em nós,
porque tudo será...
Sempre tudo!
E sempre tudo será...

Sempre nada!!!

(Zeze Couto)

4 comentários:

  1. tudo não será nada, foi alguma coisa um dia mas pode ter terminado...sempre existirá o amor basta usar o coração...

    ResponderExcluir
  2. Tudo versus nada. É no dualismo que os seres se mantêm em constantes tranformações e equilíbrio, tanto quanto a existência entre o bem e o mal, cabendo a cada um a melhor escolha. A vida é um palco ! É preciso talento para transpôr obstáculos e sensibilidade para decifrar as mensagens do coração. Belíssimo poema. Muita luz !
    Bjs.

    ResponderExcluir
  3. Marcia, por seus lindos poemas e bem elaborados textos que nos levam a refletir sobre a vida, da forma brilhante, dedico-lhe o Premio Dardo, que se encontra no meu blog, em retribuição a esta pessoa especial que você é.
    Um excelente final de semana,
    Bjs.

    ResponderExcluir