domingo, 16 de maio de 2010


JÁ NADA MAIS EXISTE






JÁ NADA MAIS EXISTE


Sem tua presença
nada mais tem graça,
os dias se tornaram indecisos,
as noites preguiçosas apenas
deixam para trás melancolias,
as manhãs sempre esplendorosas
já não mais existem,
tudo terminou como
a vida ingrata determinou..

Até as flores murcharam,
os pássaros que enfeitavam
nosso romance em revoadas,
abandonaram seus ninhos, emigraram...

A natureza...sentiu
a nossa ausência e por tristeza
permitiu que a melodia que
embalava nosso amor desentoasse.
Aquela florzinha que gostava tanto
nunca mais se abriu ...

A lua outrora tão brilhante
e sempre regendo as estrelas
no manto escuro do céu,
hoje se esconde demonstrando desalento
por enteder que o belo simplesmente morreu....

Não sei a razão de insistir
nessas lembranças, sei que nada fará
você voltar tal qual
as águas do rio que
não são devolvidas pelo mar
e assim, só eu sentirei a saudade sozinho...


Wilson de Oliveira Carvalho





"Quando seus sonhos se despedaçarem, varra os
pedaços e guarde-os. Pontinhas de esperança
podem ser encontradas nas ruínas de sonhos."
Cherry Hartman

MINHA LIBERDADE !





MINHA LIBERDADE !


Ah, minha liberdade ! Tu és de meu direito !
Morar em meus sonhos vagantes ,
Por todo canto do meu peito .
Tu me fazes pisar onde desejo ,
Por lugares que nem vejo e imagino .
Receber no rosto o frescor matutino,
O beijo do luar em meus caminhos.
Ah, minha liberdade !
Recebo em minha alma o amor que espero ,
Despeço-me das coisas que não me dão prazer quando bem quero...
Faze-me eterno caminhante,
Das praias, amante !
Viajor no cosmo estelar ...
Com o direito de mostrar meus sentimentos ,de sorrir quando bem quero ou chorar!
Ouvir as canções que eu gosto,
Beijar OS lábios que eu almejo...
De guardar minhas ilusões em segredos ,
Distribuídos nas auroras que testemunhei .
Ah, minha liberdade!
Vagar a esmo pela cidade que dorme,
Observar a quietude das ruas !
Eu e TU , nós e a lua ...
Queimar o meu cigarro em divagação,
Soltar sem lanternas meus pedidos pela escuridão,
Quando cruzar no céu uma estrela cadente,
Fazendo das minhas vontades um Negro alazão ,
Seguindo com o vento nas suas correntes...
Faze-me livre simplesmente,
Para amar a vida e as pessoas,
Sem medo de ser feliz !
Das coisas que não vivi
Ter qualquer desapontamento
Ou arrependimento
Das coisas que já eu fiz !




José Geraldo Martinez