domingo, 18 de outubro de 2009

Mergulho

Mergulho


De dentro da escuridão,
livres como o vento,
brotavam os primeiros ruídos
num desencontro de sons,
de ensaios repetidos...



Mergulhei numa aventura,
de peito imergindo
em direção oposta à luz do sol,
no ébano que se impunha,
de um silêncio total...


Saí em disparada,
nadei e até flutuei,
sem descansar... procurei,
fugindo do mundo conturbado,
refém de amarras do tempo
e do espaço...


Cheguei ao além,
onde o tempo não flui,
porque a ansiedade se faz parente da
amargura e, quanto mais aprendemos,
mais tomamos consciência de
nossas falhas tantas...


Chequei possibilidades
de erro e, no espaço que
se abriu por meu horizonte,
tudo se fez perfeito...
O silêncio, o azul, o jardim e a
PAZ!



(ZzCouto)






Destroços



Destroços
Fez-se o amor do nada e nada ficou,
a vida, o corpo, a máscara e a fala,
tudo passou, porque tudo é efêmero...
Jogados na surdez do eco...
O amor se perdeu com o esquecimento,
se foi com a brisa fresca,
roçando minha face ardente,
e o meu corpo dorido ansiando prazer...
Nas noites inócuas e vazias,
num simples aceno, o amor se perdeu,
indo as lembranças e os carinhos,
afogados num copo vazio...
De um amor que se perdeu,
lembranças e saudades somente,
onde eu era o piscar da primeira estrela,
até não restar mais nada de mim...
Simplesmente destroços!
(ZzCouto)