
A Busca
Nas veredas do meu viver
procuro morada , mero abrigo
de quem busca em seu coração contido
a paisagem da alma eterna.
O caminho nem sempre é íngreme
por vezes posso soltar as amarras
deleitar-me com águas correntes
como o rolar das pedras d'um rio.
Corpo solto, alado
chego às copas de centenárias árvores
na floresta magia do querer bem
e vislumbro a planície ao longe.
Trigais ensolarados, puro ouro
riqueza de corvos famintos
instinto visceral de sobrevivência...
Ao longe, algumas moradas
do amor, da dor, da solidão...
Percorro o tempo que me resta
desnorteio a bússola da realidade
num átimo chego ao destino
certa do dever cumprido.
A determinação do meu ser
encontra a casa do saber
incrédula ainda, indago ao andarilho
quem habita tão bela estância
ao que responde sorridente:"esta é a sua vida"!
Em êxtase, traspasso paredes translúcidas
percorro corredores intermináveis
e encontro ao final
sem portas a impedir minha pressa
uma grande abertura de muita luz.
A paz envolve minha existência
a busca não foi em vão
na casa do saber é onde está
a Janela da Vida!
(Ligi@Tomarchio®)
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