segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Nada mais...


Nada mais...

Tento esconder-me da solidão,
ser menos inverno,
afugentar a névoa,
a ventania que me envolve,
tão precoce...

Há quem diga, levianamente,
que depende apenas de querer,
mas é tão difícil...
É tão distante a paz!

Em qualquer direção que eu olhe,
não encontro porto, o mar,
não encontro o caminho de ir
a qualquer lugar.

É sempre estar onde estou,
nessa busca constante
de mim mesma,
sem tempo de sonhar...
É esse vazio compacto que me oprime,
esse silêncio ensurdecedor...
que me constrange,
e nada mais!

Nada mais...

(Ciducha)



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