domingo, 17 de janeiro de 2010

DE MUITO LONGE




DE MUITO LONGE
Venho de muito longe
No peito o desejo oculto
A angústia da dúvida
De efêmeros momentos
Adormecidos nos desertos
Oásis da vida sempre
De idas vindas e ausências

Foi-se a ternura o som
Caminhos percorridos já
Do coração descrentre então
Na difícil convivência
Das horas esvaziadas
Nas noites dos talvezes
Desencontros entre nostalgias

No abalo no sufuco
Do cotidiano algoz
Sobre quem sabe sentidos
De tempo do amor fugido
Sangue do pulso do relógio
Fértil tereritório de nossa
Fome febre de viver...

(Iára Pacini)


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